quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

respiro fundo

já não te reconheço a transparência.
omiti fracassos mas assumi a derrota quando a inteligência pairou no sentimento mais puro do amor.
sonho ou ilusão?
pergunta à qual não respondo declaradamente quando entro em diálogo com a ignorância.
questiono a confiança, acredito mais na mentira que na verdade que constróis.
essa, é toda ela, uma mera doença que plantas no teu canteiro.
parecem rosas por fora mas picam quando lhes dou o toque.
de janela aberta escondes o quarto dos prazeres proibidos que tens e confessas apenas às paredes.
não quero a verdade,quero o castigo.
nem esse o tenho porque investes no silêncio escuro.
escuro e amargo.
manifesto ironia e inspiro desconfiança.
porque o erro é a tua constante.
a solução existe?
ainda acordo e sonho acordado que sim, que existe mas num dia distante para os lados da terra dos reis da dignidade (que ainda não tens).
respiro fundo e habito na tristeza de existires assim.
tão impune sobre a verdade preta que reservas e tão atraido pela presença ausente que pautaste.
quem é o causador?
não creio ser tão ignorante assim, és tu.
és a causa e a consequência.
a permanente vontade.
a demolidora raiva.
e agora,espero que num tempo limitado, a merda.
respiro fundo e relembro o sentido que me deste.
respiro fundo
respiro fundo
recupero a calma dos meus dias e quando tropeço no nosso destino sinto-me o mais feliz e volto a respirar fundo e depois suspiro /UFF/
a vontade vai estancando a raiva
a vontade de selar a verdade e encetar o sonho
enquanto permanece...
respiro bem fundo...

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