Qual será o limite? É algo que me questiono, procuro a resposta numa busca pura, incessante e contemplativa, digamos que activei o estado de euforia, júbilo, alegria, esperando que o limite tenda para mais infinito, numa função cuja abcissa e ordenada sou eu e tu.
Cessa o tempo de contacto, a hora h ou m, chega a saudade, algo dói por dentro, no âmago do meu ser, não sei se é porque a ventura esmorece se porque o coração padece. Recordo cada palavra, cada toque, cada momento, tudo aconteceu num aparente ápice de emoções, agora permanece a saudade e a vontade de te reencontrar.
Onde andas? Saboreava a tua companhia agora, aqui comigo. Recorda-me o que sentes, diz-me quem és. As breves palavras falham, quando o que se exige dizer intensifica o sentido da vida, procuro entre meios e diminutos recursos estilísticos um termo para este problema, será que encontro? Penso que não, é difícil explicar o que não pode ser, assim, esclarecido.
Como reter esta panóplia de sensações, que abalam a razão, que escapam às leis da pura lógica comissionada, que me compungem por não as conseguir descrever desta forma? Talvez a essência reside na ausência da delineação, pois, possivelmente, é algo que só sentido se constrói e só no sentir se desvenda.
Agarro cada vocábulo que escrevo, cada vago entoo que expresso, qualquer proposta ou protesto furtivos. Existe em mim um sabor diferente, um sentir distinto, um conhecer evidente num mundo novo, que mudou. Um mundo novo em que me arrebatei. Um mundo novo em que te conheci. Este recente mundo, no qual me apaixonei por ti.
Raquel
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