segunda-feira, 18 de novembro de 2013
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Novo Mundo
Algo mudou no mundo, uma solução vaga e sublime emergiu de um mar negro de premissas pré-editadas. Gravo num momento o som da tua voz, os gestos que compões, a forma como sorris. Acompanho esse momento em cada pensamento findo ou inacabado.
Qual será o limite? É algo que me questiono, procuro a resposta numa busca pura, incessante e contemplativa, digamos que activei o estado de euforia, júbilo, alegria, esperando que o limite tenda para mais infinito, numa função cuja abcissa e ordenada sou eu e tu.
Cessa o tempo de contacto, a hora h ou m, chega a saudade, algo dói por dentro, no âmago do meu ser, não sei se é porque a ventura esmorece se porque o coração padece. Recordo cada palavra, cada toque, cada momento, tudo aconteceu num aparente ápice de emoções, agora permanece a saudade e a vontade de te reencontrar.
Onde andas? Saboreava a tua companhia agora, aqui comigo. Recorda-me o que sentes, diz-me quem és. As breves palavras falham, quando o que se exige dizer intensifica o sentido da vida, procuro entre meios e diminutos recursos estilísticos um termo para este problema, será que encontro? Penso que não, é difícil explicar o que não pode ser, assim, esclarecido.
Como reter esta panóplia de sensações, que abalam a razão, que escapam às leis da pura lógica comissionada, que me compungem por não as conseguir descrever desta forma? Talvez a essência reside na ausência da delineação, pois, possivelmente, é algo que só sentido se constrói e só no sentir se desvenda.
Agarro cada vocábulo que escrevo, cada vago entoo que expresso, qualquer proposta ou protesto furtivos. Existe em mim um sabor diferente, um sentir distinto, um conhecer evidente num mundo novo, que mudou. Um mundo novo em que me arrebatei. Um mundo novo em que te conheci. Este recente mundo, no qual me apaixonei por ti.
Qual será o limite? É algo que me questiono, procuro a resposta numa busca pura, incessante e contemplativa, digamos que activei o estado de euforia, júbilo, alegria, esperando que o limite tenda para mais infinito, numa função cuja abcissa e ordenada sou eu e tu.
Cessa o tempo de contacto, a hora h ou m, chega a saudade, algo dói por dentro, no âmago do meu ser, não sei se é porque a ventura esmorece se porque o coração padece. Recordo cada palavra, cada toque, cada momento, tudo aconteceu num aparente ápice de emoções, agora permanece a saudade e a vontade de te reencontrar.
Onde andas? Saboreava a tua companhia agora, aqui comigo. Recorda-me o que sentes, diz-me quem és. As breves palavras falham, quando o que se exige dizer intensifica o sentido da vida, procuro entre meios e diminutos recursos estilísticos um termo para este problema, será que encontro? Penso que não, é difícil explicar o que não pode ser, assim, esclarecido.
Como reter esta panóplia de sensações, que abalam a razão, que escapam às leis da pura lógica comissionada, que me compungem por não as conseguir descrever desta forma? Talvez a essência reside na ausência da delineação, pois, possivelmente, é algo que só sentido se constrói e só no sentir se desvenda.
Agarro cada vocábulo que escrevo, cada vago entoo que expresso, qualquer proposta ou protesto furtivos. Existe em mim um sabor diferente, um sentir distinto, um conhecer evidente num mundo novo, que mudou. Um mundo novo em que me arrebatei. Um mundo novo em que te conheci. Este recente mundo, no qual me apaixonei por ti.
Raquel
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
respiro fundo
já não te reconheço a transparência.
omiti fracassos mas assumi a derrota quando a inteligência pairou no sentimento mais puro do amor.
sonho ou ilusão?
pergunta à qual não respondo declaradamente quando entro em diálogo com a ignorância.
questiono a confiança, acredito mais na mentira que na verdade que constróis.
essa, é toda ela, uma mera doença que plantas no teu canteiro.
parecem rosas por fora mas picam quando lhes dou o toque.
de janela aberta escondes o quarto dos prazeres proibidos que tens e confessas apenas às paredes.
não quero a verdade,quero o castigo.
nem esse o tenho porque investes no silêncio escuro.
escuro e amargo.
manifesto ironia e inspiro desconfiança.
porque o erro é a tua constante.
a solução existe?
ainda acordo e sonho acordado que sim, que existe mas num dia distante para os lados da terra dos reis da dignidade (que ainda não tens).
respiro fundo e habito na tristeza de existires assim.
tão impune sobre a verdade preta que reservas e tão atraido pela presença ausente que pautaste.
quem é o causador?
não creio ser tão ignorante assim, és tu.
és a causa e a consequência.
a permanente vontade.
a demolidora raiva.
e agora,espero que num tempo limitado, a merda.
respiro fundo e relembro o sentido que me deste.
respiro fundo
respiro fundo
recupero a calma dos meus dias e quando tropeço no nosso destino sinto-me o mais feliz e volto a respirar fundo e depois suspiro /UFF/
a vontade vai estancando a raiva
a vontade de selar a verdade e encetar o sonho
enquanto permanece...
respiro bem fundo...
omiti fracassos mas assumi a derrota quando a inteligência pairou no sentimento mais puro do amor.
sonho ou ilusão?
pergunta à qual não respondo declaradamente quando entro em diálogo com a ignorância.
questiono a confiança, acredito mais na mentira que na verdade que constróis.
essa, é toda ela, uma mera doença que plantas no teu canteiro.
parecem rosas por fora mas picam quando lhes dou o toque.
de janela aberta escondes o quarto dos prazeres proibidos que tens e confessas apenas às paredes.
não quero a verdade,quero o castigo.
nem esse o tenho porque investes no silêncio escuro.
escuro e amargo.
manifesto ironia e inspiro desconfiança.
porque o erro é a tua constante.
a solução existe?
ainda acordo e sonho acordado que sim, que existe mas num dia distante para os lados da terra dos reis da dignidade (que ainda não tens).
respiro fundo e habito na tristeza de existires assim.
tão impune sobre a verdade preta que reservas e tão atraido pela presença ausente que pautaste.
quem é o causador?
não creio ser tão ignorante assim, és tu.
és a causa e a consequência.
a permanente vontade.
a demolidora raiva.
e agora,espero que num tempo limitado, a merda.
respiro fundo e relembro o sentido que me deste.
respiro fundo
respiro fundo
recupero a calma dos meus dias e quando tropeço no nosso destino sinto-me o mais feliz e volto a respirar fundo e depois suspiro /UFF/
a vontade vai estancando a raiva
a vontade de selar a verdade e encetar o sonho
enquanto permanece...
respiro bem fundo...
este lugar de santarém
ruas, becos, pessoas e memórias fazem deste lugar o momento.
e que momento!
é depois de sair que sabemos o que é entrar e estar aqui.
repleto de escárnio e mal dizer, de vazios e ausência de tudo e em simultâneo da luta de quem existe, pensa e age de alma cheia por causas.
tem uma história de liberdade, sim tem.
mas é mais que vinho e touradas.
foi esta a cidade que me viu que crescer.
a reacção da juventade fez-se aqui e não foi preciso a foice e o martelo.
apenas é preciso saber estar entre quem tem valor e viver a partilha.
entrar de rompante mas com razão!
sofrer mas com razão!
e ser presseguido e criticado com razão!
para de peito cheio de orgulho fazer o hoje com o sofrimento e o amanhã com o orgulho.
para marcar e demarcar os que nos rodeiam com a verdade de que se pode fazer desta uma cidade livre e não apenas uma cidade com uma história de liberdade.
O herói na frente de batalha queda primeiro se estiver sozinho.
e saibamos compreender que heróis só no cinema e ao mesmo tempo perceber que 74 já lá vai e temos uma palavra.
o jovem só o é intervindo e participando.
e se não há diplomacia saibamos fazê-la nós da forma menos diplomática se necessário.
aqui ou noutro lugar.
A estátua do capitão Maia está cá por abril, pela liberdade mas não só!
Está cá para avivar a memória aos entulhos que ainda vivem noutros tempos que o nosso tempo é outro.
Porque ser desta terra não é passar por cá mas sim fazer algo por estar cá em harmonia com este lugar de santarém!
e que momento!
é depois de sair que sabemos o que é entrar e estar aqui.
repleto de escárnio e mal dizer, de vazios e ausência de tudo e em simultâneo da luta de quem existe, pensa e age de alma cheia por causas.
tem uma história de liberdade, sim tem.
mas é mais que vinho e touradas.
foi esta a cidade que me viu que crescer.
a reacção da juventade fez-se aqui e não foi preciso a foice e o martelo.
apenas é preciso saber estar entre quem tem valor e viver a partilha.
entrar de rompante mas com razão!
sofrer mas com razão!
e ser presseguido e criticado com razão!
para de peito cheio de orgulho fazer o hoje com o sofrimento e o amanhã com o orgulho.
para marcar e demarcar os que nos rodeiam com a verdade de que se pode fazer desta uma cidade livre e não apenas uma cidade com uma história de liberdade.
O herói na frente de batalha queda primeiro se estiver sozinho.
e saibamos compreender que heróis só no cinema e ao mesmo tempo perceber que 74 já lá vai e temos uma palavra.
o jovem só o é intervindo e participando.
e se não há diplomacia saibamos fazê-la nós da forma menos diplomática se necessário.
aqui ou noutro lugar.
A estátua do capitão Maia está cá por abril, pela liberdade mas não só!
Está cá para avivar a memória aos entulhos que ainda vivem noutros tempos que o nosso tempo é outro.
Porque ser desta terra não é passar por cá mas sim fazer algo por estar cá em harmonia com este lugar de santarém!
"a estética e os ismos"
o processo creativo é algo que não me atormenta.
penso e escrevo e sinto o que escrevo.
a minha consciência vem-se e fumo um cigarro.
repito o processo até ela perder a vontade.
depois leio o que escrevi e penso.
que exercicio fantástico.
uma parte de espirito transformado em algo material, é isto.
isto é a minha estética.
não sigo tendências. Quem as segue?
quem não tem espirito ou quem se ocupa de ocupar outros espiritos que não são o seu?
a língua é mais que a tendência, é mais que a gramática.
a lingua é a expressão, a comunicação.
em primeiro lugar a conversação com nós próprios porque o reflexo do outro é parte consequente de nós próprios.
e quando me perco e já não sei por onde seguir, basta-me sentir.
depois vem a parte pura: a expressão racional da coisa que me persegue.
para isso tenho noções, conceitos e a curiosidade.
não é mais que a cultura que construo através de experiências que dá ao espirito essas gavetas de informação e saber.
mais tarde relembro com a memória, leio e penso: eu senti o escrevi.
penso e escrevo e sinto o que escrevo.
a minha consciência vem-se e fumo um cigarro.
repito o processo até ela perder a vontade.
depois leio o que escrevi e penso.
que exercicio fantástico.
uma parte de espirito transformado em algo material, é isto.
isto é a minha estética.
não sigo tendências. Quem as segue?
quem não tem espirito ou quem se ocupa de ocupar outros espiritos que não são o seu?
a língua é mais que a tendência, é mais que a gramática.
a lingua é a expressão, a comunicação.
em primeiro lugar a conversação com nós próprios porque o reflexo do outro é parte consequente de nós próprios.
e quando me perco e já não sei por onde seguir, basta-me sentir.
depois vem a parte pura: a expressão racional da coisa que me persegue.
para isso tenho noções, conceitos e a curiosidade.
não é mais que a cultura que construo através de experiências que dá ao espirito essas gavetas de informação e saber.
mais tarde relembro com a memória, leio e penso: eu senti o escrevi.
perder o norte
uma noite
deixa a consciência à porta de casa
sai!
encontra-te com os perdidos!
consome e encontra-te
ri-te porque sim
procura conspirar sobre os porquês daquilo que não se questiona
perde o norte
desorienta-te no caminho para casa
sente que não sabes o caminho
que estás a viajar
olha para o relógio e repara que depois de uma hora a andar só passaram 10minutos
olha para os teus olhos
olha para o céu e sente como és pequeno
deita-te nas escadas e vê tudo à roda, quanto novimento
teoriza sobre as razões que te deixam assim
quando passará o efeito?
se ficasses sempre assim
como seria?
porquê encontrar o norte?
inventa palavras e faz um novo dicionário
dança e inventa letras de canções
bate nos elefantes e pisa as aranhas gigantes
que o norte se foda
que rosa dos ventos compensa este poder?
corre!
sente o baque baque do coração
já transpiras
já temes a luz
os carros são naves e tu estás em fuga
queres a noite escura
perdi o norte
e depois, que ganhei?
R:"uma esperiência que não conheces meu porco!"
deixa a consciência à porta de casa
sai!
encontra-te com os perdidos!
consome e encontra-te
ri-te porque sim
procura conspirar sobre os porquês daquilo que não se questiona
perde o norte
desorienta-te no caminho para casa
sente que não sabes o caminho
que estás a viajar
olha para o relógio e repara que depois de uma hora a andar só passaram 10minutos
olha para os teus olhos
olha para o céu e sente como és pequeno
deita-te nas escadas e vê tudo à roda, quanto novimento
teoriza sobre as razões que te deixam assim
quando passará o efeito?
se ficasses sempre assim
como seria?
porquê encontrar o norte?
inventa palavras e faz um novo dicionário
dança e inventa letras de canções
bate nos elefantes e pisa as aranhas gigantes
que o norte se foda
que rosa dos ventos compensa este poder?
corre!
sente o baque baque do coração
já transpiras
já temes a luz
os carros são naves e tu estás em fuga
queres a noite escura
perdi o norte
e depois, que ganhei?
R:"uma esperiência que não conheces meu porco!"
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